Do Popular
A língua que fala
Os corpos minguados
As palavras marcadas
Tornam-se arte e movimento
O chão pisado
A sinuca e o totó
As galinhas ciscando
O cachorro sempre faceiro
A dança em dia de santo, velório e casamento
A língua por você dita
Encosta-se deliberadamente
As tuas desgraças cantadas
Fazem da noite
Um luar luminoso
Sem vagas lembranças
Gritam a dor
Dão risadas, sem pudor
Meninas que se casam cedo
Rapazes que em São Paulo
Vão se encontrar
A língua do povo
Diversa e Rasteira
Reconhece no Nordeste
Sua originalidade
A sensualidade mostra-se
No que ingenuamente fazem
Nas mãos que trabalham
No falar e andar de quem conhece o destino
Lu Rosário
A língua que fala
Os corpos minguados
As palavras marcadas
Tornam-se arte e movimento
O chão pisado
A sinuca e o totó
As galinhas ciscando
O cachorro sempre faceiro
A dança em dia de santo, velório e casamento
A língua por você dita
Encosta-se deliberadamente
As tuas desgraças cantadas
Fazem da noite
Um luar luminoso
Sem vagas lembranças
Gritam a dor
Dão risadas, sem pudor
Meninas que se casam cedo
Rapazes que em São Paulo
Vão se encontrar
A língua do povo
Diversa e Rasteira
Reconhece no Nordeste
Sua originalidade
A sensualidade mostra-se
No que ingenuamente fazem
Nas mãos que trabalham
No falar e andar de quem conhece o destino
Lu Rosário
*Poesia publicada na Antologia Poética "Língua na boca do povo", produzido pela Coordenação Cultural do EREL (Encontro Regional de Estudantes de Letras) 2009.
7 comentários:
Ah Lu,
Quando o chamego fica naquela paquera com nossa sensibilidade, não tem como não se apaixonar pelas nossas linhas.
Tudo o que você escreve sai poeticamente lindo.
Noite de luz, menina querida.
Rebeca
-
Mas será que há quem conheça mesmo o tal do destino?
Cadinho RoCo
Olá doladinha..que lindo poema!!
"Dizem que amizade é como as flores, se você não rega elas morrem... Então... tô passando prá regar as minhas!" E para desejar que o seu hoje e o seu sempre sejam abençoados! Beijocas!!!!!!;)e feliz semaninha fuiiii
Êta... e eu digo o que? afff... fico aqui só me deliciando...rsrsrr...
a linguagem do povo revela os sentidos que este carrega no peito.
Linda Lu, a sensualidade da morena baiana e do acarajé, são um caso a parte nessa crônica poesia de teu dia a dia. But, ainda sou mais teus versos.
beijos
João Costa Filho
Minha baiana do coração...o seu texto é a leveza que se desprende de você...
Beijos leves...
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