Nunca se sabe o que vem pela frente, as oportunidades que hão de aparecer. Nunca se sabe nada do depois, nada do futuro ou do porvir. Pretende-se. São feitos planos e os desplanos surgem em curvas aritméticas. Calcula-se uma vida inteira e o resultado é apenas a terça parte de toda uma expressão não apagada. Reinventa desejos, projeta-se em anos: e aos dezoito há a incumbência de uma liberdade transviada. Desilusão é palavra certa, decepção é coisa pesada. Estudo e profissão ressoam resplandecentes. Não mesmo, é impossível adivinhar o futuro sem peripécias e descaminhos. Em tropeços, levanta e segue com poses e força. Nunca as expectativas se realizam por completo, sempre fica um pranto no ar. Por vastidões outras, redescobre-se. Os caminhos passam a ser traçados com bordas de concretude. A vida, então, passa a ter mais sentido.
Lu Rosário
Um comentário:
Às vezes eu me vejo entre a desilusão de tudo e a decepção completa...e sinto,em mim,o próprio sentido a escorrer,lento, por entre as curvas para dasaparecer,rapidamente, pelas frestas...
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