terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vozes



Seu canto
Arranha-me os ouvidos
Invadi-me a garganta
De forma explícita e singular

Cada nota desestrutura-me por inteiro
Rompe as pregas
Que não mais propagam sons sem sentido

As mãos e pés
Tornam-se extremidades essenciais
Na distinção instintiva da pele

Seu canto
Em meus nervos
Tornam dissonantes os meus desejos
Arranca-me de forma insolente
Pela satisfação por vozes que beiram as coxas e lábios

Antes de encerrar a ultima nota
Seus dedos suavemente tocam nas cordas
Que embalam o meu gemer em tanto querer


Lu Rosário


7 comentários:

oteArt disse...

bello! lu rosario. saludos

Secreta disse...

Hm...sensuais e belissimas palavras :)
Bom fim de semana!

Edson Marques disse...

Você sempre se mostra comoo uma distinção instintiva do amor.


Usei tuas palavras lindas e dançantes: distinção instintiva.

Flores...

Fabiano Silmes disse...

Esse é um daqueles poemas que conseguem dividir bem as opniões entre os limites do erotismo e da pornografia...( ou seja é maravilhoso rsrs)

Beijos

S.M. disse...

Que poesia é essa, do Rosário!!!???? Inspiradíssima, perfeita! ô mulé que sabe ser sensual... nossa... perdi o fôlego! u-a-u!!!!! Amo!

João Costa Filho disse...

Olá Lu, tu que escutas cantigas explícitas e desestruturais, que badalam sinos e rompem amanheceres, e anoiteceres, este canto que te toca urgentemente e nua, e a tua pele sempre será a primeira manhã,e o único pecado que te faz falar de Deus...
Estaa é minha menina.
Lindos cantos
beijos
João Costa Filho

Beto Ribeiro disse...

Lu, menina linda!!

Tu consegues fazer as palavras exalarem cheiro de vida... Deu pra sentir daqui. rsrs
Lindo, quente, chocante, atraente... Feminina, como deve ser a poesia!!!

Beijo grande!!

Beto Ribeiro

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