quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ainda pego um buquê!

Marieta nunca deixava aquela mania besta de querer pegar o buquê. Era sempre um corre-corre e uma briga desnecessária. Haviam aquelas que o pegavam, mas nunca se casavam. Ela não se importava, queria fazer a parte dela e pegar o bendito buquê, pois acreditava dentro de si que aquilo poderia dar certo e que, um dia, quem sabe, após agarrar-se aquelas lindas flores tão bem colocadas... ela não acharia o homem que a levasse ao altar. foram tantas as tentativas em vão até que no ultimo casamento, ela rezou para todos os santos e ajoelhou dez vezes (não ajoelhara mais porque sentia as pernas doerem e tinha convicção de ter feito mais do que nas outras vezes). Enfim, havia chegado o grande momento, pegar o danado do buquê. Preparou-se em posição de ataque e não piscou os olhos um só segundo, ajeitou os cabelos, flexionou as pernas e fixou os pés. Pronto. Este veio em sua direção e, em um pulo, agarrou-se a ele em uma briga sem-igual com uma desconhecida ao lado. Brigou, tomou e celebrou. Levou as mãos ao céu e agradeceu fortemente por ter alcançado tal graça. Tirou fotos, descabelou-se, beijou-o, admirou-o. Era o buquê que tanto esperara. No segundo dia, suas rosas começaram a murchar, as folhas ficarem amarelas. Não adiantou vaso com água, nem por açucar e nem Melhoral na água (disseram que era bom e que mantinha as flores intactas). Nada adiantou, as rosas tiveram que ir ao lixo..e junto com ele uma série de desejos. No entanto, a esperança continuava e a partir daquele momento poderia surgir um novo começo e um homem para chamar de seu.


Lu Rosário

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