quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ao tempo¹


Te digo pouco do meu dia,
da minha cara lavada do suor
rotineiro da vida vã

Parece um tempo contínuo
que se apresenta em oração
da mais doce pena
marcada com carvão

Na melodia perceptiva,
meus pelos se erguem,
a pele esfria

Um sigilo
Algo congela o espírito

Na saída
consigo mesmo
o divino e o maldito

Contrastes elogios
perseguem
e comigo se deitam



Lu Rosário



² Escrita no dia 25 de Novembro de 2007 e reorganizada hoje para a publicação. Enquanto escrevia este poema, ouvia Oração ao tempo - canção de Caetano Veloso. No video abaixo segue a musica que me inspirou e um video de homenagem ao seu compositor.






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6 comentários:

Felisberto T. Nagata disse...

Olá!Bom dia!
Tudo bem?
...gosto do seu estilo...mais contextual de poetar...
"Vive assim… com elogios também. Quisera eu, poder pedir para que eu mesma escreva o próximo capítulo. Não sei se eu vou continuar assim, com essa aparência, com esses meus segredos e a alma sem pudor Quisera eu, poder rever minha vida...no sigilo...ninguém precisa saber..."
Bom final de semana!
...ah...animes...linguagem nova para mim, também, rsrs, tanto que quem escreve é uma parceira....
Beijos com carinho

Paolla Milnyczul disse...

Uau Lu, maravilhoso, especial este trecho:
"Contrastes elogios
perseguem
e comigo se deitam"

Adorei, parabéns!!!

Paolla

Unknown disse...

Lindooo... parabéns...
é mto gratificante ler posts assim, diretos e que nos fazem refletir..
aiai..hehehe

bJos!

Pablo disse...

Lindo, Lu.

Secreta disse...

Num tempo em que as memorias se esfumam e as nossas certezas tremem.

João Costa Filho disse...

Olá Lu, o teu tempo contínuo é de borboleta, em adejos doces de melodias coloridas, e teus pelos sobem e a pele gela, e assim o divino e o maldito te acompanham intermitentemente em tuas orações, e nos teus poemas que se deitam contigo, mas nunca dormem...

belos versos
beijos
João Costa Filho

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