Existem perdas que não são perdas, são apenas saudades de alguém que não verá mais. Perdas de conviver junto e de compartilhar, ao pé do ouvido, as novidades do dia. Perdas de se elogiar ou criticar as atitudes e modos. Perdas das conveniências e conivências. Mas essas perdas não significam um todo. Os todos são conjuntos fechados, amplidões inexatas. O todo das perdas é repartido, tripartido, quatripartido e tantos partidos que são. E nessas partições todas o que existe é saudade. E a saudade é esta que, segundo Quintana, faz as coisas pararem no tempo.
Lu Rosário
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6 comentários:
Porque perdas são importantes e fazem parte de um círculo da vida do qual ninguém escapa, recolho-me quando perco, recolho-me quando me perco... para depois estar melhor!...
São inevitáveis. Impossível fugir delas. Perda é escolha.
Lindo texto!
Paolla
Ao ler, lembrei das perdas da época da escola... soh isso!
Poxa, curti bastante o post, em especial lembrei de alguém que já partiu deste mundo..uma perda que não é perda...talvez neh? Acho que esse tipo de coisa se encaixa bem no modo como enxergamos as coisas.
Dá uma passada no meu blog, pode ser que você goste (:
http://dressa-pensamentos.blogspot.com.br/
Talvez a saudade seja o último recurso para eternizar o que nos recusamos a perder.
Belo texto, Lu.
Beijos
Acho que saudade e perda são tão interligadas que não tem porquê separar, não acha?
Adorei, principalmente a citação do Quintana, admiro tanto ele!
Beijos.
A gente sempre pode escolher pra que lado olhar, né? Toda perda vem acompanhada de um ganho... sendo assim, digo que não há perdas! :)
beijos, lindona!
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