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Cerimonial Quinta Essência, em Vitória da Conquista - BA |
Parece que chega um momento na vida que dá vontade de seguir o tradicional: vestir-se de branco e dizer sim em um lugar todo florido e de muita paz. Não é bem assim com toda mulher. Eu nem sempre tive esse pensamento, sempre fui dessas que desejei liberdade, planejamentos e independência completa. Dessas que sonham em ter seu apartamento, suas coisas e diversões à parte. No entanto, a vida me driblou e nocauteou geral e isso não é de agora. Já faz um tempo que pensar em casamento me tortura e emociona. Começo a imaginar flores e quais flores, local, convidados, vestido, maquiagem, padrinhos, alianças, lembranças, convites, decorações e mais um tanto de detalhes que mal cabem em mim. E que, também, mal cabem em meus sonhos. Sonhos por não passarem de perspectivas, por envolver outras pessoas e me envolver em muitos conflitos, por exigir mais do que somente se pensa, por ver o tempo passar, a idade chegar e tudo permanecer, tal qual como era antes. Chega um momento que torna-se necessário firmar-se com alguém. Com aquele alguém que construiu uma trajetória com você e que passou a ser parte de si. E mesmo que nada dê certo, houve tentativas, momentos, concretizações e realeza em torno de tudo o que antes não passava de um sonho (algumas vezes considerado infundado). Entretanto, esse repertório nem sempre se repete. Há aquelas que por mais que ame e seja amada, preferem apenas trocar as escovas de dentes e dividir o cobertor sem documento assinado e sem timbres decorativos sobre papéis fotográficos. Há ainda as mais desapegadas, que amam, mas não abrem mão de estar sozinhas. Cada uma de nós somos únicas e pensamos de formas diferentes. Quem disser que toda mulher é igual e só muda o endereço, ta completamente errado. Quem disser que toda mulher é complexa, também estará errado. Mulheres, assim como os homens, são singulares em sua complexidade e simplicidade. Casamentos, amasiamentos (o famoso morar junto) e desapegos são assuntos que costumam nos caracterizar como tradicionais, moderninhas ou liberais. Creio que de moderninha passei para o estilo tradicional. Não nego minha vontade de seguir um ritual e, se depois não der certo, o divórcio existe para quê? Basta estar ao lado do homem certo para saber que uma conversa é o suficiente para dar adeus às declarações de amor, antes trocadas, e às grandes entregas já desgastadas. Ta bom, eu sei que nada disso é fácil. Mas para tudo é preciso maturidade e sabedoria. Quem os tem, saberá lidar com todas essas situações. Espero que um dia, quem sabe, eu possa vir a casar (com a pessoa que já escolhi) e ficar tudo bonito nessa terra de meu deus!
Lu Rosário
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3 comentários:
Lu, vc é hilária!
Eu passei por dois casamentos, um vestido branco 'sereia' e um rosa jovial, e estou aqui, sozinha.
Toda, ou quase toda mulher sonha, eu nunca sonhei, eu só casei.
E eles, os exs, onde estão??? Casaram-se novamente e de esmoquem!!!
Faz parte do ritual romântico.
Hj, depois de dois, só quero mais um...rs
Bjoks
Vc quer casar, eu já nao quero mais! rsrsrs...
Lu, permita-se sonhar o que você quiser! Sem rótulos! Se é moderninha, tradicional ou liberal, não importa! Importa é o amor e a concretização dele! :)
Já que você pensa em casar (um dia eu te conto os meus sonhos em relação a este assunto...) vou ficar aqui torcendo pra ver suas fotos lindas de noiva linda que você será!
E o depois, não importa. O que importa é o que é. E não existe nada que não dê certo. TUDO dá certo, TUDO deu certo se a gente quiser entender assim :)
Beijos!
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