terça-feira, 17 de julho de 2012

Confesso: eu penso em casar...

Cerimonial Quinta Essência, em Vitória da Conquista - BA
Parece que chega um momento na vida que dá vontade de seguir o tradicional: vestir-se de branco e dizer sim em um lugar todo florido e de muita paz. Não é bem assim com toda mulher. Eu nem sempre tive esse pensamento, sempre fui dessas que desejei liberdade, planejamentos e independência completa. Dessas que sonham em ter seu apartamento, suas coisas e diversões à parte. No entanto, a vida me driblou e nocauteou geral e isso não é de agora. Já faz um tempo que pensar em  casamento me tortura e emociona. Começo a imaginar flores e quais flores, local, convidados, vestido, maquiagem, padrinhos, alianças, lembranças, convites, decorações e mais um tanto de detalhes que mal cabem em mim. E que, também, mal cabem em meus sonhos. Sonhos por não passarem de perspectivas, por envolver outras pessoas e me envolver em muitos conflitos, por exigir mais do que somente se pensa, por ver o tempo passar, a idade chegar e tudo permanecer, tal qual como era antes. Chega um momento que torna-se necessário firmar-se com alguém. Com aquele alguém que construiu uma trajetória com você e que passou a ser parte de si. E mesmo que nada dê certo, houve tentativas, momentos, concretizações e realeza em torno de tudo o que antes não passava de um sonho (algumas vezes considerado infundado). Entretanto, esse repertório nem sempre se repete. Há aquelas que por mais que ame e seja amada, preferem apenas trocar as escovas de dentes e dividir o cobertor sem documento assinado e sem timbres decorativos sobre papéis fotográficos. Há ainda as mais desapegadas, que amam, mas não abrem mão de estar sozinhas. Cada uma de nós somos únicas e pensamos de formas diferentes. Quem disser que toda mulher é igual e só muda o endereço, ta completamente errado. Quem disser que toda mulher é complexa, também estará errado. Mulheres, assim como os homens, são singulares em sua complexidade e simplicidade. Casamentos, amasiamentos (o famoso morar junto) e desapegos são assuntos que costumam nos caracterizar como tradicionais, moderninhas ou liberais. Creio que de moderninha passei para o estilo tradicional. Não nego minha vontade de seguir um ritual e, se depois não der certo, o divórcio existe para quê? Basta estar ao lado do homem certo para saber que uma conversa é o suficiente para dar adeus às declarações de amor, antes trocadas, e às grandes entregas já desgastadas. Ta bom, eu sei que nada disso é fácil. Mas para tudo é preciso maturidade e sabedoria. Quem os tem, saberá lidar com todas essas situações. Espero que um dia, quem sabe, eu possa vir a casar (com a pessoa que já escolhi) e ficar tudo bonito nessa terra de meu deus!


Lu Rosário


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3 comentários:

J. C. Gomes disse...

Lu, vc é hilária!
Eu passei por dois casamentos, um vestido branco 'sereia' e um rosa jovial, e estou aqui, sozinha.
Toda, ou quase toda mulher sonha, eu nunca sonhei, eu só casei.
E eles, os exs, onde estão??? Casaram-se novamente e de esmoquem!!!
Faz parte do ritual romântico.
Hj, depois de dois, só quero mais um...rs

Bjoks

Paolla Milnyczul disse...

Vc quer casar, eu já nao quero mais! rsrsrs...

Rebeca dos Anjos disse...

Lu, permita-se sonhar o que você quiser! Sem rótulos! Se é moderninha, tradicional ou liberal, não importa! Importa é o amor e a concretização dele! :)

Já que você pensa em casar (um dia eu te conto os meus sonhos em relação a este assunto...) vou ficar aqui torcendo pra ver suas fotos lindas de noiva linda que você será!

E o depois, não importa. O que importa é o que é. E não existe nada que não dê certo. TUDO dá certo, TUDO deu certo se a gente quiser entender assim :)

Beijos!

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