segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Dos males do mundo

Escultura de Cajaíba. Foto: Vilson França

Mal tocou naquela mão
a segurar o pão
que de tão desejado tornou-se chão

Seus olhos eram crateras
sem vida, sem meios, sem ar

As mãos inseguras
rasgavam-se sem eira
pareciam sopros nesse vão maior

E dentro de si
havia um buraco fino e profundo
que acalentava pássaros sem canto

Entre seu desespero e sua boca a desejar necessidades,
surgia o verde para mostrar que algumas certezas nunca morrem.


Lu Rosário


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