Algumas histórias de amor são mais complicadas, a de Eleonora não poderia ser diferente. Ela e ele se apaixonaram loucamente e descobriram que o que sentiam era amor. Amor desses de só querer o bem, independente do que acontecesse; desses de querer dormir e acordar junto; de relaxar com cafuné e de querer carinho no pé; de acordar e dormir pensando e sonhando com todos os quereres do outro. Eleonora queria viver isso de todas as formas e com todos os sentires. Ela era sinestésica, dava valor a gosto, cheiro, audição e pele. Só que seu amor mudou-se e passou a ficar distante. A saudade em vez de ser nostálgica, doía. E uma angustia passou a tomar conta dela. Eleonora queria que sua vida e a dele tivesse movimento, emoção e coragem. No entanto, não era assim que as coisas iam. Pareciam haver se acostumado com a distancia, os problemas precisavam de longo prazo para serem resolvidos e o tempo não lhe era bom o suficiente, pois passava impiedosamente e ambos ficavam ali de olhos arregalados esperando-o. Nada era mais como antes. Eleonora queria ver mudanças concretas, mas o tempo e o amor pediam-na para esperar. Dessa espera, um ficou sem o outro porque amar sem sorriso constante é perder-se no escuro ou adentrar em um emaranhado que só existe dentro de si. Agora, ela vai viver esperando por um amanhã em que possam se reencontrar como amores e para que possam viver juntos para o resto de suas vidas.
Lu Rosário
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3 comentários:
Ah Lu... perfeito.
Sem mais nem menos. Lindo.
Extasiante!
Amei mesmo!
É uma história bonita e triste como atualmente vive-se o amor à distância, com esperas, expectativas, ilusões...
Bjoks
" amar sem sorriso constante é perder-se no escuro" que grande verdade! abraços meus
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