sábado, 17 de agosto de 2013

Para o ceder, limites.

Eles fizeram sexo, nada mais do que isso. Nunca ficaram, ela sentia tesão por ele e ele, evasão. Não houve beijos nem compartilharam carinho algum. Houve penetração, língua que queria lamber e boca querendo chupar. Yara, desse dia, não irá esquecer. Não irá esquecer da insipidez que transmitia e do fulgor que fora ao deixar-se penetrar. Yara mostrou seu lado vulgar, seu lado mulher, sua face não vista. Ele mostrou seu lado sacana. Yara percebeu, então, o quanto havia frieza em todo aquele encontro corpóreo. Concluiu o quanto não foi desejada e, mais ainda, descobriu que conseguiria mais do que isso em outros meios que não aqueles. Yara, apesar da mecanicidade do sexo ao qual ela se permitiu, possuía delicadeza e um romantismo entrelinhas. Ao refletir incansavelmente, Yara repetiu não mais se deixar levar pela pele e pelo sentir, pois a não-reciprocidade abre caminhos para o não ceder.


3 comentários:

Anônimo disse...

E o que fazer quando seu lado menina e seu lado mulher brigam por dentro, e o ceder ou não se torna uma questão quase sem resposta dentro de sua cabeça?

Claudio Chamun disse...

Pelo menos ela matou a vontade em vez de ficar sonhando em seus refúgios íntimos pessoais.

Bruna Brito disse...

Adorei blog, realmente muito bom os posts..
Parabéns 
Continuando desse jeito, você vai realmente muito longe !
Se quiser conhecer o meu também, tem post novo lá..


http://bruhbrito.blogspot.com.br/



Beijos e sucesso pra ti ;*

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