quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Será que eu escolho demais?

Há quem diga que eu escolho demais. Que eu seleciono cada rapaz com quem vou me relacionar, seja um lance mais rápido ou não. Há quem diga, inclusive, que eu me apego em detalhes e não dou oportunidades para as pessoas que poderiam me ser importantes. E há quem diga que isso não é só um aspecto concernente a mim, mas à maioria das mulheres que se encontram solteiras. Diante de tantos ditos, nada melhor do que abordar tal assunto e discutir esta temática com meus queridos leitores. Para tanto, vamos partir do particular para o geral, ou seja, vamos partir de mim (é claro!).

Normalmente, quando estamos namorando parece haver um ímã que atrai outros olhares e interesses. De repente, quando a solteirice se abate, você parece tornar-se desinteressante e aqueles que dão em cima de ti não estão dentro das suas possibilidades e vontades. Vou explicar como é isso. Eu posso ser bonita, simpática e inteligente... ainda que não esteja dentro dos parâmetros de beleza que a sociedade exige. Posso possuir ensino superior e ter algumas habilidades, tais como escrever e dançar. Diante disso, há uma pessoa que se mostre interessante por trás dessas qualidades. No entanto, quais os critérios utilizados para se envolver com alguém? Eu diria que quase nenhum, mas muitos dizem que são vários.

Os meus critérios seriam, basicamente, ficar com alguém que sentisse atração por mim tal como sou e não pela curiosidade de descobrir em minha corporeidade a Lu Rosário do Sem Pudor. Um outro critério seria alguém que conversasse comigo sobre diversos assuntos, que me deixasse ouvir e se fizesse ouvir. Gosto de pessoas com quem eu posso divagar sobre a vida, com quem eu possa ter um papo legal e, para isso, não observo níveis de escolaridade. E um terceiro critério é alguém que possa sair comigo nem que seja para tomar um sorvete. Homens que sempre reclamam de não ter um tostão furado e só nos quer na casa dele ou na pracinha mais próxima me soa desajeitado.No momento, só me lembro destes três aspectos. Mas aí me surgem outras possibilidades que eu nego e aí dizem logo que ando escolhendo demais. Você também acha? Uma outra coisa importante é despojamento. Nunca me envolvi com um homem que fosse super sociável, mas adoro pessoas assim e me sinto atraída por isso.

Não gosto de ceder para mostrar que posso fazer isso ou aquilo na cama, não gosto de dar uma de importante nem de sabe tudo, também não sou rica. Gosto das coisas pareadas. Gosto, principalmente, de sentir atração - essa mesmo de pele. Se não há, não curto tentativas. Não tentar também não pode ser considerado um ato de escolher demais e sim de não querer levar adiante algo que não lhe diz respeito e que, portanto, não vai se alterar. Para mim, não tentar é também um ato de se valorizar. Se quero, mergulho. Se não quero, não perco tempo. Se eu reclamo dos homens? Não, eu reclamo da falta deles porque os que me aparecem cabem nestes critérios, os quais eu descarto. Se estou solteira não é porque escolho demais, mas porque eu quero alguém que eu sinta tesão em beijar. E aí, o que você acha? Ainda pensa que escolho demais? Eu acho que não. Ah! E quando a mulher não tem seus parâmetros e fica com todos, ela se chama como mesmo? Ah ta, eu sei.. nem precisa repetir. A nossa sociedade é machista, os nossos desejos são egoístas e nossa vontade é grande - assim eu resumiria esse texto. E você?



4 comentários:

CarlosR disse...

"A nossa sociedade é machista, os nossos desejos são egoístas e nossa vontade é grande."

Falou bem Lu!

Se eu sou exigente? Acredito que sim! Rs!
Tenho que ter pelo menos um interesse inicial pelo carinha (para poder iniciar uma papo ou coisa do tipo), e digo isso quanto ao estilo, a aparência, o jeito, etc.
Tem que ter um papo legal (não gosto de assuntos "bestinhas"), tem que saber como se "comportar" nos lugares, tem que ter estilo.

Sou muito do "Nem 8, nem 80, mas sim 40", e isso influencia em bilhões de aspectos.


Err... Sou exigente...

Claudio Chamun disse...

Tem a clássica do cara rico que queria uma esposa. Entre as morena, loira, ruiva, negra, etc ele deu uma grana para cada uma gastar conforme o deseja dela. Assim ele poderia analisar e escolher o melhor perfil.
Resultado: Ele casou-se com a que tinha a bunda mais bonita.

As mulheres são muito mais exigentes que os homens e eu aprovo isto. Acho que todos deveriam ser mais exigentes. A mulher, na média, procura se entregar para um homem desperte algo a mais. Já o homem quer corpão e muitas vezes a transa é uma merda. Se ele tivesse ficado com a magrinha que ninguém dava nada poderia ter tido mais emoção. A beleza exterior é puramente para os olhos. A interior é que dura a vida todo, mas acho que isto não é segredo para ninguém.
Resumindo minha querida: Tu estás certa.
Bj

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Certíssima, Lu!
Nossas escolhas n se baseiam pelo q acham ou deixam de achar - ainda q algumas opiniões nos sejam caras.
Mas tem q vir se dentro mesmo.
Qdo bater, só vc vai saber. Aí é deixar fluir pra ver no q dá... ;)

Bjo

Anax Vital disse...

Gostei muito do seu texto. Acabei encontrado-o em uma pesquisa no google, pois a minha pergunta era justamente o título do texto que você escreveu (bem óbvio né!?). Eu também me pergunto se escolho demais, pois tenho dificuldade de me sentir interessado pelas pessoas. Me preocupei porque eu estava cansado de "dar fora nas pessoas". Na verdade essa não seria a mehor definição para o que eu faço (ou deixo de fazer), a questão é que não sinto vontade nenhuma de fazer. Seu texto ajudou bastante, inclusive por os seus critérios serem bem parecidos com os meus. Obrigado!

www.anaxquerdizer.blogspot.com

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