Para os flashes, meu beijo.

Em Setembro, saiu uma publicação no Portal Aprochego sobre a relevância da fotografia para a autoestima feminina, sobretudo quando esta ressalta a nossa beleza, que é tão natural. Esta temática surgiu de uma conversa, na qual eu e uma amiga falávamos sobre a importância de ser fotografada ou, até mesmo, de se auto fotografar de forma sensual. Entretanto, não achei que no portal o texto tenha fica a minha cara, a La Lu Rosário, e é por isso que estou promovendo uma reescrita neste espaço que é tão nosso.

Nos dias atuais, está cada vez mais normal ver mulheres comuns, ou seja, que não pertencem ao meio artístico, colocando fotos seminuas ou mesmo nuas em redes sociais. Tais fotografias atuam como uma terapia na áurea feminina e não apenas como uma forma de chamar a atenção do sexo masculino. Fotografar-se é como se olhar no espelho e ver nele o que há de mais belo em si. Uma leitora linda disse, em letras garrafais, bem assim: "Eu não tiro foto pra ninguém, eu tiro foto pra mim! Pra me achar bonita, me achar gostosa, me achar sedutora... pra mim, pra mim, pra mim...". Essa reafirmação é mais do que justa! A mulher vive sob o peso e o julgo da sociedade. Sobre ela, sempre houve uma imposição em relação ao corpo perfeito. 

Com o passar do tempo e a partir dos ideais feministas, esta ideia tem mudado. No entanto, algo está enraizado e é por isso que nem todas as apresentam formas de resistência, muitas ainda acreditam que a valorização passa pela necessidade de se ter um corpo como o das famosas. A resistência surge para romper como este modelo de corpo perfeito e a mulher, então, passa a aceitar suas imperfeições e percebe que apesar de não se encaixar em certos padrões, ela também é linda. Nós somos lindas demais da conta e, além disso, podemos ser sexy sem ser vulgar: isso só precisa ser percebido diante de um baita espelho. Para quê coisa mais linda que isso? Mais lindo é apenas se deixar ser, o resto a vida e os flashes se encarregam de mostrar.