segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Arredia, nem tanto


Eu sabia que era arisca. Que impelia. Sabia que fugia nas entrelinhas enquanto entregava o caminho desdito. Você sabia dos meus recônditos, da minha danadez, do meus sentidos e imersão em palavras. Sabia que podia dedilhar-me e me encontrar livre de quaisquer artifícios. E em meio a tantos saberes, vivíamos fogo: estalávamos. Crua, torta, louca, solta - definíamos em palavras breves quando as soltávamos em superfície clara. Tentada, desafiada, acalorada - sentia tensão em meio a toda tesão vivenciada. E de tudo, o seu endereço para um convite já feito e uma visita nesta tarde. Quem sabe, haja queima e poesia marcada - na pele e em outros sentidos.

2 comentários:

Claudio Chamun disse...

Mais um texto criativo e cheio de sensualidade.

Obrigado pela companhia neste 2013 e que em 2014 mesmo que distante permaneçamos juntos.

Feliz Ano Novo.

Beijos

O Neto do Herculano disse...

Eu amo, mas não me arrisco
tenho um coração aflito
repleto de malícias.

Eu amo um animal arisco
que tem um coração distinto
cansado de carícias.

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