sábado, 4 de janeiro de 2014

Crua, em sua direção.



Meu corpo te quer, meus pelos te riscam, minha língua entontece, minha saliva respinga por entre seus encaracolados vícios de se fazer poesia em notas, de escalas lisas e em metáforas infinitas. Me deixo solta, me faço fera, me entrego relva, sou soletrar de pensamentos desvarios. Em safo, me refiz perante seu olhar felino de quem quer devorar sem antes principiar. Sinto-me expandir, sinto-lhe passear por entre minhas tênues curvas. Sinto roçar. Meus lábios dizem tudo o que seus dentes queriam saber. Havia um cheiro mútuo, um entender profundo das nossas vontades. Sentires, carícias, gozos, dedos, força, você. Em sua direção, eu me tornava porto e fazia do seu corpo a minha melhor passagem.

3 comentários:

Claudio Chamun disse...

Caliente, muy caliente.

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

lindo!
senti falta desses seus versos luxuriosos!
quem sabe me inspiram - me tiram do hiato infinito em q me encontro.

bjs

Unknown disse...

Os hiatos também são essenciais.

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