segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Zoofilia: uma prática que não entendo e repugno.

Ele chegou olhando, observando se alguém observava de uma das janelas que estavam em sua direção. Jovem, sentado em uma carroça com uma égua a transportá-lo. Parou. Alisou a genitália do animal e baixou as calças para consolidar algo que não faz parte do que considero como uma aventura sexual. Ao me deparar com essa cena, fui jogada ao outro lado com um sentimento de horror. Chorei, quis chamar a polícia e, por dentro, estremeci. Calei.

Nesse momento, respiro fundo para conseguir escrever-lhes. Nunca entendi atos como a zoofilia. Sexo, para mim, sempre foi e permanece sendo uma relação compartilhada e que, para tanto, precisa ocorrer entre seres da mesma espécie. Dessa forma, homens e animais não podem estabelecer um contato de aceitação quando o assunto é esse, muitos menos possuem estruturas corpóreas relativas para que ambos possam atuar sexualmente sem um mínimo de dano físico. Além do mais, pior do que tais danos, é o psicológico - provocado não apenas no ser humano, mas também nos animais. 

Não é de hoje que ouço histórias de fulano e sicrano que "comeu" tal animal ou, até mesmo, relatos de que "eu comi e tal". Para cada uma dessas histórias, eu tinha nojo e evitava ouvi-las. Para cada caso, um tom de naturalidade por aquele que contava. Há, inclusive, quem diga que essa prática é comum na roça e há quem justifique que o pratica por ter sido criado em tais lugares. Em minha opinião, lugar não define caráter e isso não pode ser compreendido como cultural porque vai contra as leis morais pregadas pela igreja e pela sociedade. A roça - interior do interior - não está excluído deste âmbito cristão e social.

Mais do que isso, existem aqueles que optam por escrever "contos eróticos" utilizando esta prática como base. Nesse contexto, fazem uma descrição detalhada do fato e atraem diversos leitores. Não sei como anda essa produção literária (pois há quem a considere assim). Eu descobri esses contos na época do Orkut, pois participava de grupos de literatura erótica e vez ou outras alguns publicavam contos deste teor. Eu sempre lia as primeiras palavras com receio e, ao perceber que envolvia animais, parava de ler imediatamente e o coração já ficava aflito.

Os sites pornôs também me assustavam quando traziam vídeos amadores com mulheres ou homens zoófilos. Eu já percebia pela imagem distorcida antes de dar o play. Não diferente é no WhatsApp. Quem participa de grupos cuja temática é sexo, sabe do que estou falando. As pessoas enviam todo tipo de vídeo, incluindo os que envolvem sexo com animais.

Depois de tudo isso que falei, o que você entende? Eu entenderia que isso é algo comum e que a escritora quem parece estar fazendo tempestade em copo d'água. No entanto, não é por ser mais comum do que se imagina que vamos propagar um discurso a favor ou nos neutralizar diante deste assunto. A zoofilia é considerada crime em alguns países e, no Brasil, temos apenas a Lei de Crimes Ambientes 9.605/98 - que prevê detenção, de três meses a um ano, e multa para quem abusar, ferir ou mutilar animais. No entanto, isso não funciona. Contudo, o deputado Ricardo Izar, em 2012, tentou incluir o Projeto de Lei 3141/12 para elevar esta punição. Entretanto, não consegui saber o resultado e, provavelmente, deve ser mais um projeto engavetado.

Nesta lei, a zoofilia não é citada e, portanto, não é criminalizada. Além disso, não encontrei nenhum registro de retenção ou punição de alguém por essa prática. Pelo contrário, eu vejo é uma divulgação "às escondidas" como se isso fosse algo aceitável. Sinceramente, eu fico pensando se isso é um fetiche ou uma doença. Não dá para explicar.

Nossa, escrevi demais! Acho que depois precisarei escrever outros textos sobre o assunto, é coisa demais para dizer e muita indignação para expor. Só sei de uma coisa: se eu ligasse para a polícia, não iria adiantar e isso doi pra caralho. Enfim, diz aí o que você acha. Estou curiosa para saber!




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