A vida da gente nem sempre tem uma medida. Muitas vezes, ela é desregrada em altos e baixos. Oscila, cambaleia, desequilibra. A vida de Ximena era assim, uma corda bamba em plena ventania. Quando a sua vida estava em baixa, a auto-estima pedia um tempo e ela desacreditava de tudo o que poderia torná-la mais bela. Nada ficava inteiro. Ximena se fragmentava. Pensava ser feia ou ter alguma deformidade física que não reconhecia; pensava, também, em seu outro que chamava mais atenção do que a si. Seu choro perdurava, Ximena não vacilava. A vida da gente tem o costume de nos surpreender e a medida, para ela, só a gente que tem.
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