Ela não queria saber de nada. Letícia só pensava em sentar naquele mesmo lugar e sentir que as cores repercutiam sobre ela em contraste com as que a tomava por dentro. Não havia vida em seu olhar, mas havia suavidade no negro dos seus olhos. Parecia uma apaixonada em tom menor, mas era uma desiludida em ré maior. Letícia era mulher sem direção e com toda a bagagem que poderia carregar. O sol fazia parte de toda a luz que ela deveria ter, o chão era seu limite e onde mais se apoiava. Letícia vivia, inexoravelmente, sua própria escolha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário